Inicial Anúncio Cadastro Gratuito Colabore Fale Conosco
Página Inicial
Ação Social
Cursos e Eventos
Feiras/Exposições
Vitrine de Artesãos
Dicas para Artesãos
Microcrédito
Assoc./Cooperativa
Convênios
Lojas
Técnicas
Portal na Mídia
Enquete
Links Importantes
Lojas Virtuais
Vitrine Virtual
Promo Eventos
Fale Conosco
Notícias

 

Comunidade do Artesanato Bauru no Orkut. Participe!

 



 

Hora de Arte

 

artesanato na internet


 

principal

 
Talentos do Brasil a um passo da França

Uma coleção exclusiva para a França: bolsas e chapéus em buriti, pele de peixe e tururi. Este é um dos resultados da participação das agricultoras-artesãs do Programa Talentos do Brasil na 13ª Fashion Business, bolsa de negócios da moda carioca que termina nesta sexta-feira (16), na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.

Esta é uma das negociações já fechadas durante o evento, a produção de uma coleção exclusiva para o mercado da moda francesa. A coordenadora do Programa no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrícia Mendes, está entusiasmada com o interesse dos compradores internacionais. “Apenas nos dois primeiros dias foram feitos contatos comerciais com Inglaterra, Japão, Argentina e Espanha”, diz.

Esta é a quinta vez que o Talentos do Brasil participa do Fashion Business, que acontece paralelo ao Fashion Rio. O Talentos une agricultoras de 12 estados e 15 grupos de tipologias distintas. Entre as matérias-primas utilizadas de forma sustentável estão couro de peixe, palha de palmeira de buriti, crina de cavalo, babaçu, folha de tururi, juta, sementes, sisal, sobras de madeira, látex, bagacilho de cana, algodão orgânico e pedras preciosas.

Futuros negócios no exterior

A coordenadora destaca, ainda, a novidade apresentada nesta Fashion Business pelo Talentos do Brasil, a coleção assinada por Yuri Sarmento e Eduardo Rosa, em parceria com o grupo pernambucano Varjadas e Candiais. Localizado no município de Passira, a 112 quilômetros de Recife, as artesãs apresentam na feira sua primeira coleção de moda feminina utilizando a técnica do bordado, repassada de geração para geração. Este é o primeiro trabalho do grupo integrando o Talentos do Brasil. “A proposta foi resgatar as tradições, agregando design moderno”, explica Patrícia.

Outro grupo de destaque na Fashion Business foi o grupo Lã Pura, do Rio Grande do Sul. Orientadas pelo estilista Ronaldo Fraga, as artesãs gaúchas transformam as fibras retiradas da lã do carneiro e da crina de cavalo em peças de moda como echarpes, colares, bolsas e cachecóis. O Lã Pura reúne artesãs de quatro municípios da Fronteira Oeste e da Campanha do Rio Grande do Sul: São Borja, São Gabriel, Santana no Livramento e Uruguaiana.

O Programa

Criado em 2005, o Talentos do Brasil é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), com o objetivo de estimular a troca de conhecimentos, valorizando a identidade cultural de mulheres agricultoras manufatureiras, promovendo a geração de empregos e agregando valor aos seus trabalhos por meio da moda.

É realizado em parceria com a Caixa Econômica Federal, Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Cooperação Técnica Alemã GTZ, Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae).

As peças da nova coleção apresentada na Fashion Business foram desenvolvidas sob orientações de importantes designers e estilistas brasileiros: Heloisa Crocco, Ronaldo Fraga, Renato Loureiro, Jum Nakao, Fernando Maculan, Amauri Marques, Virginia Scotti e Adriana Tavares. E, para 2009, o Talentos já conta com um novo estilista, Yuri Sarmento.

Mapa brasileiro da moda artesanal

- Amazonas: 39 artesãs vindas de duas comunidades às margens do Rio Madeira e outra de Manicoré, cidade a 390 quilômetros de Manaus. Utilizam fibra de juta, cipó ambé e tiririca, sementes, sobras de madeira e de látex, com um toque de coloridos detalhes em chita. Os homens atuam na coleta de látex, usado na produção de borracha, mas reaproveitado na confecção nos acessórios concebidos de modo artesanal.

- Tocantis: 90 artesãos participantes de empreendimentos coletivos formais e informais na região do Bico do Papagaio – municípios de Aguiarnópolis, Tocantinópolis, Nazaré, Luzinópolis, São Bento e Araguantis. Produzem bolsas de pastilha de babaçu, bijóias, jogos americanos, cestaria e esteira de palha.

- Pará: 40 artesãs de Muaná, ilha de Marajó, trabalham com o tururi (palmácea) para confeccionar bolsas, chapéus, sacolas, presépios e bonecas.

- Maranhão: cerca de 250 artesãs de Barreirinhas e Tutóia trabalham com fios da palha de buriti tratado e tingido com urucum, salsa, cebola e gengibre. Destaques para o crochê no “ponto batido” — tecelagem manual usada na confecção de redes —, no macramé com ponto “cascudo” (nome derivado do desenho das espinhas do peixe cascudo), e o uso do côfo, instrumento artesanal no preparo da mandioca.

- Piauí: no município de Pedro II, aproximadamente a 190 quilômetros de Teresina, estão os garimpeiros distribuídos em dez grupos de garimpo autorizado de opala e outras pedras. O grupo reúne 100 pessoas na ourivesaria e lapidação para criação de colares, brincos, gargantilhas, pulseiras e anéis em prata com o toque da opala.

- Paraíba: 50 artesãs de Alagoa Nova, Ingá, Riachão do Bacamarte, Serra Redonda e Juarez Távora trabalham com bordados, labirinto e renda renascença. Entre as peças, bonés, bolsas e peças de vestuário na linha urbana feminina e de moda praia, utilizando atualmente a seda pura e o crepe de algodão e de seda.

- Bahia: as artesãs de dois grupos no litoral norte e um no sertão baiano trabalham com a técnica do trançado da piaçava para acessórios, cestos, jogos americanos, objetos simples para o dia-a-dia e tapetes. Também utilizam fitas bordadas para fazer almofadas, cortinas, bolsas e echarpes com cores sempre vivas e vibrantes.

- Pernambuco: as artesãs do Projeto Bordados que Brotam, desenvolvido com Mulheres Bordadeiras na comunidade de Varjadas, situada na zona rural do município de Passira — semi-árido brasileiro a 112 quilômetros de Recife, trabalham com técnicas de bordados em roupas e acessórios marcam a região.

- Mato Grosso do Sul: 60 artesãs trabalham com pele e couro dos peixes pacu e tilápia. Entre os procedimentos, o curtimento de couro, frisados e tingimento para confecção de bolsas e mantas.

- Rio de Janeiro: 12 mulheres capacitadas nos princípios de comércio justo e solidário. O Grupo Tranças e Tramas, formado por pescadores e esposas de pescadores, localizados no distrito de Barra do Furado, a 250 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, vive do artesanato feito em taboa, que tratada e trançada com arte, produz pufes, bolsas, colares e utilitários.

- Minas Gerais: o estado é representado por um grupo de artesãs da Cooperfashion Sertão Brasil de Salinas, Novorizonte e Barrinha (grupos Linha do Horizonte e A Cara do Sertão) e outro que reúne artesãs de seis municípios do Triângulo Mineiro (grupo Palavras Bem Ditas). Seus destaques são os bordados de linhas e pedras, crochê e trançados. O bagaço de cana é usado em para bijuterias como colares e pulseiras.

- Rio Grande do Sul: quatro municípios das regiões da Fronteira do Oeste, de São Borja, São Gabriel, Santana do Livramento e Uruguaiana, compõem o grupo Lâ Pura. Entre os materiais mais usados, estão a lã de ovelha da raça Crioula, usada na confecção de mantas e xales e a crina de cavalo, utilizada em bijuterias e bolsas.

Fonte da Informação: 16/01/2009 http://www.mda.gov.br/portal/index/show/index/cod/134/codInterno/20051

 

 

Meu Bazar

© Copyright 2008 ARTESANATO BAURU E REGIAO | Todos os direitos reservados.

ArtesanatoBauru é uma iniciativa REVELARE Agência de Internet para promover a cultura em nossa região.