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Jornalista vira artista plástica; artesãos do Distrito Federal inovam em feira de design
Beth Matias
Bonecas no estande do Sebrae/DF na 13ª Craft Design, em São Paulo
São Paulo - Renata de Sordi é filha e neta de costureira e aprendeu desde cedo a fazer suas bonecas, embaixo da máquina de costura da mãe, com retalhos que sobravam. O resultado da brincadeira virou negócio de gente grande. Há 15 anos ela produz bonecas que enfeitam os mais diferentes ambientes.
Renata é um dos cinco artesãos que participam do estande do Sebrae do Distrito Federal na 13ª Craft Design, que começou nesta quarta-feira (13), no Centro de Eventos São Luis, em São Paulo, e prossegue até domingo (17).
A Craft Design é uma das principais feiras de negócios voltada para lojistas, arquitetos, decoradores e profissionais ligados à decoração. O Sistema Sebrae participa da feira apoiando artesãos e associações dos Estados de São Paulo, Pernambuco, Paraíba, Tocantins, Espírito Santo e do Distrito Federal.
Uma das características do trabalho de Renata é que todas as bonecas estão sempre de olhos fechados, passando serenidade ao comprador. Ela ainda trabalha com os retalhos, mas para algumas produções precisa comprar tecidos inteiros. O trabalho de pesquisa envolve de tipos de mulheres: as Santas, as brasileiras (lavadeiras, retirantes) e as mulheres do mundo (árabes, africanas, espanholas).
“A maioria delas trazem crianças consigo. Pesquiso para saber como elas carregam essas crianças no colo, que tipo de vestimentas usam, etc”, diz. O ateliê de Renata funciona em sua casa. As bonecas custam entre R$ 60,00 e R$ 380,00.
Retalhos de Tecido
Outra que está no estande do Distrito Federal é a jornalista Ana Leyla Ferreira, que deixou há algum tempo de ser artesã para ser artista plástica. A mudança aconteceu quando com uma pequena intervenção de um designer ajudou a agregar valor a suas peças. “Isso aconteceu depois de uma consultoria do Sebrae ao meu ateliê”, diz Ana Leyla.
As flores chita ou seda pintada de Ana Leyla são aplicadas em galhos resistentes. “Elas são exclusivas porque a natureza é exclusiva”, diz. Ela aprendeu com mãe a fazer flores usando a própria natureza como suporte. Galhos secos de eucalipto e fumo bravo eram transformados em arranjos que deixavam a casa mais bonita e acolhedora.
“Nas imensas áreas verdes de Brasília, encontrei a matéria-prima para o meu trabalho com flores. De início, me encantei com a plasticidade dos galhos da inflorescência da piteira. Acrescentei-lhes cor e as corolas da minha infância. Depois, resolvi perenizar os galhos da quaresmeira, experimentar cores e formas nas varetas que a umbela descarta, nos cachos secos dos coqueiros e buganvílias. Os resultados são sempre surpreendentes”.
A mudança do jornalismo para o artesanato foi quase uma imposição médica. “Eu estava ficando doente e precisava relaxar. Foi aí que comecei a trabalhar com os arranjos de flores”. O resultado do trabalho da artista plástica já pode ser visto em lojas de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. “Na Craft, quero dar maior visibilidade ao meu produto e estou atrás de clientes e formadores de opinião. As peças variam de R$ 15,00 a R$ 1.200.
Serviço
Flor de Chita – (61) 3368-2482/8123-7881
www.flordechita.com
Renata de Sordi - (61) 368-1257/9903-1133
Agência Sebrae de Notícias – (61) 3348-7494 / 2107-9359
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